“Sou um cara sério, não estou no futebol para brincar, estou para trabalhar. Tiramos a portuguesa de uma situação impossível no Campeonato Paulista, era lanterna, com um ponto, conseguimos manter a equipe na primeira divisão. Fizemos milagre uma vez, não sei se conseguiríamos fazer isso na Série B”, acrescentou o treinador, sem esconder o medo com relação a um possível rebaixamento.
Neste sábado, a Portuguesa vencia por 1 a 0, mas o América-RN empatou aos 45 e virou aos 48 minutos do segundo tempo. Argel cumpria suspensão, estava nas arquibancadas, e desceu aos vestiários com sua equipe ganhando. A notícia da derrota só chegou no caminho, e a reação foi imediata. Na conversa com os jogadores o treinador comunicou a saída.
“Dificilmente entrego os pontos. Sou um cara que tem vergonha na cara. É muito mais fácil trocar uma peça do que um grupo inteiro, fizemos tudo o que poderíamos fazer, quem sabe outra pessoa possa vir. Tudo tem um limite, e o meu limite chegou ao ápice total”, explicou o comandante, visivelmente insatisfeito com alguns episódios vividos na Portuguesa.
Os 100 dias de trabalho fizeram com que o treinador adquirisse um respeito muito grande pelos funcionários do clube. Por outro lado, Argel não escondeu seu descontentamento com a diretoria por causa da retirada de campo da equipe em Joinville. Além disso, o comandante também reclamou da interferência das ações na Justiça comum.
Ciente de que o clube terá que mudar radicalmente o atual cenário para ainda sonhar com a volta à elite dentro de campo, Argel apenas desejou um bom futuro para o time do Canindé. “Torço para que a Portuguesa possa voltar a ser grande novamente”, finalizou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário