quinta-feira, outubro 09, 2014

Onde a Portuguesa vai parar?

Antonio Quintal
 
A pergunta está aí para quem sente segurança em respondê-la e para os que não sabem o que dizer. A Portuguesa cai ou não cai? Fica na Série B ou viverá o calvário da Série C em 2015?

Para aqueles que analisam o momento luso e fazem projeções com base nos números da Portuguesa no campeonato, o time do Canindé dificilmente se livrará da forca. Já para os mais apaixonados, as esperanças de permanência continuam vivas e o time não descerá o degrau da humilhação. A situação rubro-verde é péssima e muito preocupante, não só pela classificação da Série B, como nas conseqüências que o provável rebaixamento provocará.

Nessa altura do campeonato, entendo que são minúsculas as possibilidades da Lusa escapar do novo tombo. Missão quase impossível somar os pontos necessários nas onze rodadas que restam. Com base no que vi até aqui, me parece que o destino luso será mesmo a terceira divisão do futebol brasileiro.

Pior é sentir que não há nenhuma perspectiva alentadora na Portuguesa para as próximas disputas. O ano começará com o Paulista, depois virão Copa do Brasil e Brasileiro. Entendo ser de fundamental importância a participação da Portuguesa na prova estadual, onde existe enorme necessidade do time rubro-verde fazer grande campanha por inúmeros aspectos.

Talvez o principal deles seja a força que o clube terá para se reorganizar, sacudir a poeira e dar a volta por cima. Fazendo bom papel no Estadual, a Portuguesa poderá encontrar o caminho da sua recuperação como clube tradicional. Dessa forma, acredito ser mais fácil achar as alternativas que propiciem condições financeiras para digerir a Série C e retornar à Série B em 2016.

A Portuguesa terá dinheiro para receber da F.P.F. pelo campeonato do nosso estado. Se bem usado, ele poderá ser muito útil na formação de uma equipe competitiva que possa ter bons resultados e aumentar o espaço luso em termos de mídia. Só assim será possível atrair patrocinadores para o Canindé.

Tudo isso passa por uma obrigatória reestruturação no Departamento de Futebol Profissional do Clube, não dá mais para continuar com abnegados amadores, curiosos, vaidosos e etc., comandando os destinos da bola rubro-verde.

Nossos dirigentes precisam entender e reconhecer que o modelo de "gestão" utilizado pelo clube em 2014 está superado e derrotado. Nosso futebol precisa de nova atmosfera diretiva bem definida e enxuta, sem tantos bicões. A Tribo Lusa carece de mais índios e menos caciques.
Está claro que é preciso ter um Gerente Profissional que seja do ramo, alguém que tenha identidade com a Portuguesa, de preferência, com a vida financeira resolvida para não correr o risco de se envolver em negociações obscuras. Ao lado dele, dois dirigentes também competentes, que conheçam pelo menos o básico do futebol. A receita é ter poucos trabalhando bem, do que muitos errando sempre. Um elenco composto de 25 ou 26 jogadores, sendo 20 a 22 contratados e os demais oriundos das categorias de base do clube. Grupos numerosos só oneram folha de pagamento e estragam ambiente.

Tomara a Presidência reconheça, enxergue e entenda como fundamentais as mudanças no Departamento de Futebol. Aliás, alterações que não podem ficar restritas ao futebol profissional. As divisões inferiores também precisam passar pelo mesmo crivo.

Se este caminho for seguido, a Portuguesa não precisará mais recorrer ao hipnólogo!

Um abraço e até a próxima.
Antonio Quintal
 
Extraido do Site Web Radio Lusa
 
 
  

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