quinta-feira, agosto 06, 2015

Pão português para salvar a Portuguesa!

 
Na chamada série C do 'Brasileirão', sem visibilidade e sem encaixe monetário de televisões ou da Confederação Brasileira de Futebol, o clube recorreu às suas origens, com o sindicato da panificação e confeitaria de São Paulo, que possui cerca de seis mil estabelecimentos associados, entre os quais 65% nas mãos de portugueses ou luso-descendentes.
 
"O meu pai e o de milhares de descendentes construíram o clube, que tem 95 anos e pela primeira vez está na série C. Temos de ter a humildade de recomeçar. É como se cada padaria estivesse adotando um atleta", afirmou à Lusa o coordenador de Marketing do clube, Carlos Ferreira.

Na prática, cada panificadora patrocina a camisola de um jogador, que entra em campo com o nome do estabelecimento na parte da frente e com o slogan comum "Pão é na padaria!". A estratégia começou no sábado e deve prolongar-se pelas próximas oito partidas que a Portuguesa tem no campeonato.

"A nossa questão é a proximidade com o time [equipa], porque retorno financeiro quase não vai ter nenhum. A maioria [dos donos de padaria] torce pela Portuguesa e tem muita tristeza em ver o que aconteceu", afirmou à Lusa o português Antero José Pereira, presidente do sindicato do setor, dono de padaria e patrocinador da equipa.

Pereira afirmou que cada um dos 13 patrocinadores se comprometeu a pagar 1.500 reais (394,2 euros) por jogo. Aquela padaria que ficar na camisa de um futebolista suplente, na partida seguinte terá o direito de estampar o equipamento de um titular, para não haver injustiça. Já o guarda-redes joga cada parte com o nome de um patrocinador diferente.

A iniciativa de colocar nomes de patrocinadores diferentes nas camisolas não tinha precedentes conhecidos, e a Portuguesa de Desportos pediu autorização da Confederação Brasileira de Futebol e da Federação Paulista, que foi concedida.
 

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