Engana-se quem pensa que a passagem
de Basílio pela Portuguesa pode ser resumida no título Paulista de 1973.
João Roberto Basilio é o oitavo jogador com mais partidas pela LUSA, vestindo o manto verde-encarnado em 318 oportunidades, entre 1966 e 1974, e os 75 gols que marcou o colocam ao lado de Paschoalino (que jogou nos anos 1930) na 14ª posição na tábua de artilheiros.
Basílio foi aprovado (mas eventualmente desistiu) nas
categorias de base do São Paulo e Nacional, começando
efetivamente em 1965, na Portuguesa, depois de
passar cinco anos jogando no Cruz da Esperança, de Santana, e no Guarani, da Casa Verde, times de
várzea da zona norte de São Paulo. A Lusa era o time mais próximo de sua casa,
no bairro da Casa Verde: "Nasci como jogador na Portuguesa, cresci e fui
educado pelos diretores do clube", contou o ex-jogador à revista Invicto
em 2008. "Eles me ensinaram a ser profissional, a respeitar o clube. Isso
não existe mais em nenhuma agremiação."
Subiu para os profissionais no fim da década de 1960 e lá
ficou até 1975. O único título que conquistou no Canindé foi o Campeonato Paulista de 1973,
que acabou dividido com o Santos. Pouco antes dessa campanha, brigou
com o então técnico Cilinho e pediu para ser negociado, mas a
saída do técnico e a posterior chegada de Oto Glória
ajudaram-no a reencontrar seu futebol. Glória deslocou-o para o meio-campo com
o surgimento de Enéas, que assumiu sua posição, e ambos se
deram bem em suas novas funções, tanto é que o meio-campo formado por Basílio e
Badeco foi considerado o melhor do
campeonato.
Liberado pela diretoria da Portuguesa para oferecer seu passe a outros clubes, procurou o Santos, com
quem chegou a entrar em acordo, enquanto Lusa e Corinthians também negociavam. Seu
pai, que também era seu empresário, deu-lhe duas opções: ir para o Corinthians
ou renovar com a Lusa; Basílio foi para o Corinthians. Chegou ao Parque São Jorge com a missão de substituir Rivelino,
vendido para o Fluminense.
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